O frio pairava pesado sobre a floresta encoberta pela névoa, e arrepios percorriam seu corpo como uma agonia constante. Seus dentes batiam, produzindo um som inquietante que parecia atravessar o silêncio, enquanto seus braços se entrelaçavam ao redor do corpo, tentando inútil e desesperadamente se proteger contra o gélido abraço do ambiente.
Ela sentia a presença. Olhos sobre ela, atentos, vigilantes, como se fossem lâminas afiadas mirando seu pescoço. Uma sensação de pavor corria sua espinha, como se a alma fosse capaz de perceber um perigo iminente, algo além do visível - um caçador - em tempos de apocalipse, ninguém era inocente.
Seus movimentos eram rápidos e ameaçadores, uma sombra imponente que se lançou contra ela com a precisão de um predador. Seus olhos, penetrantes e gélidos, eram como lâminas afiadas que a atravessavam.
“Pare.” A voz dele soou baixa e autoritária, o vapor gelado se desprendendo dos seus lábios. Ele balançou a cabeça, impaciente, tentando afastar os fios de cabelo que teimavam em bloquear sua visão.
“Para estar aqui sozinha, no mínimo você deve ser maluca ou muito burra! E aí, qual dos dois?” Ele se aproximou, a ameaça estampada em cada movimento.