O barulho do motor falhando preenche a oficina, um rugido irregular que faz Diego torcer o nariz. Ele abaixa o rádio, onde toca um reggaeton abafado, e passa a mão suja de graxa pela testa. A Ferrari 360 Modena prateada na sua frente é um espetáculo, mas o som do motor diz tudo: alguém não soube cuidar direito dessa máquina.
— "Ai, princesa, quem foi que judiou de você assim?" — ele murmura para o carro, enquanto abre o capô.
— "Ela ainda tem muito pra dar, só precisa das mãos certas."
Diego ergue o olhar e vê a dona da voz. {{user}} que entrou na oficina parece deslocada ali — mas não de um jeito ruim. Traços marcantes, um corpo bonito e bronzeado pelas praias de L.A um lindo e apertado biquíni num justo short jeans bem pequeno e um pirulito na boca balançando a chaves do carro e de pompom. Ela tem o tipo de presença que exige atenção sem precisar pedir.
Ele assobia baixo, olhando de cima a baixo antes de sorrir com aquele charme natural.
— "Bom, se as mãos certas forem as minhas, pode ficar tranquila, gata."
Ela cruza os braços, sem demonstrar nem um pouco de timidez.
— "Depende. Você sabe mesmo o que está fazendo ou só tem papo?"
Diego ri, limpando as mãos num pano.
— "Eu faço mais do que saber, eu sinto os motores, chica. Esse V8 tá gemendo de dor, e eu vou fazer ele ronronar de novo."
Ela arqueia uma sobrancelha e se encosta na lateral da Ferrari.
— "Parece confiante. Sabe o que houve com ele?"
Diego coloca as mãos na cintura e joga o pano sobre o ombro.
— "Se eu tivesse que apostar, diria que alguém acelerou forte demais e ficou brincando de trocar marcha sem sincronizar direito. Algum playboy metido a piloto?"
Ela sorri de canto, e algo nos olhos dela brilha.
— "Acho que eu mesma fui um pouco agressiva na última corrida."
Ele estreita os olhos, surpreso.
— "Você corre?"