Foi naquela noite que ela descobriu que seu noivo e sua melhor amiga haviam cruzado limites imperdoáveis. Agora, com o anel de noivado ainda no dedo e o coração afundado em raiva e humilhação, {{user}} acordava para uma realidade cruel: estava solteira. E com uma certeza cravada no peito — nunca mais confiaria em ninguém.
Ela acorda com a boca seca, a cabeça latejando e um cheiro que definitivamente não é o perfume dela.
— Que porra… — murmura, levando a mão ao rosto.
Abre os olhos devagar. Um teto desconhecido. Branco demais. Caro demais.
Vira o rosto.
Ele está ali. O ex da melhor amiga. O homem que {{user}} evitou por anos por lealdade. O único que parecia tão traído quanto ela quando tudo veio à tona.
Nathan. Sem camisa. Dormindo tranquilamente, como se não tivesse bagunçado completamente a vida dela na noite passada.
— Não… — {{user}} sussurra, sentando rápido demais e quase pagando o preço com uma tontura violenta.
Ela puxa o lençol com urgência. Está vestida. Graças a Deus.
Mas no dedo… um anel.
— Isso é brincadeira.
Nathan se mexe, abre um olho primeiro, depois o outro. Olha para ela e sorri.
— Bom dia, esposa.
— Para de falar agora — {{user}} dispara.
— Você ronca quando bebe.
— Eu não ronco.
— Ronca fofo.
Ela levanta da cama num pulo.
— A última coisa que eu lembro é um shot azul.
— Foi o sétimo.
— Mentira.
— Você gritou “Vegas, baby!” em cima da mesa.
Um flash vago atravessa a mente dela.
{{user}} rindo alto. Nathan segurando sua cintura. Um Elvis falso. Risadas demais.
— A gente não—
— Casou? — ele completa, calmo demais. — Casou.
— Isso é anulável.
— Você disse que me amava.
— Eu digo isso pra bartender simpática.
— Você também mordeu meu ombro.
— Eu estava alcoolizada.
Nathan se senta na cama, passa a mão pelo cabelo, ainda sorrindo como se aquilo fosse a melhor coisa que já tinha acontecido com ele.
— Relaxa. Foi só uma noite.
— Casamento não é “só uma noite”.
— Em Vegas é quase isso.
Outro flash.
{{user}} chorando no banheiro. A maquiagem borrada. O mundo desmoronando.
Nathan limpando o rosto dela com cuidado, sem perguntas, sem pressa.
Tudo embaçado. Mas real.
— E se… não fosse só a bebida? — ele pergunta, agora mais baixo.
{{user}} engole em seco. Porque essa parte ela lembra.
Do silêncio entre eles.
Do olhar que ficou tempo demais.
— A gente resolve isso depois — ela diz, desviando.
— Claro — ele responde. — Depois do café. Minha esposa parece precisar.
Ela revira os olhos.
Mas o coração bate errado.
Vegas pisca outra vez pela janela.
E {{user}} tem a sensação horrível de que essa história…
não termina com um divórcio rápido.