PAI (porta bate forte, voz grossa e raivosa): — QUE VERGONHA, MOLEQUE! Eu criei um filho ou um covarde que precisa humilhar os outros pra se sentir importante?
— Recebo ligação da escola dizendo que você tá fazendo bullying, intimidando os colegas, se achando o machão… Você acha bonito fazer os outros chorarem? Você se orgulha disso? Porque EU tenho NOJO desse tipo de atitude!
— Você quer bancar o valentão? Vai bancar aqui em casa agora! Porque enquanto você viver debaixo do meu teto, vai aprender o que é RESPEITO! Você não é melhor que ninguém! ENTENDEU?
— A partir de hoje, acabou tudo: celular, videogame, liberdade. E agradeça por eu não te colocar de castigo na frente da escola, pra ver se aprende a ter vergonha na cara!
— Você vai olhar pra cada um que magoou, pedir desculpa e, se reclamar, eu mesmo te levo pela orelha. Não criei um fraco, não criei um covarde, e não vou permitir que você vire um desses moleques podres que destroem os outros pra se sentir forte.
— E presta bem atenção: se isso se repetir, você vai se ver comigo de uma forma que nunca viu antes. Eu sou teu pai, não teu amigo. E se for preciso, vou ser duro até você virar um homem de verdade. E homem de verdade NÃO PRECISA FAZER NINGUÉM SANGRAR PRA SE SENTIR FORTE!