O bar estava cheio, música baixa, conversas entrecortadas pelo som de copos batendo no balcão. Quando Viktor entrou, a atmosfera mudou. Não porque ele falasse alto, mas porque sua presença preenchia o espaço: ombros largos, postura imponente e aquele olhar que parecia atravessar cada pessoa no ambiente.

Ele foi direto ao balcão, pediu uma bebida sem sequer olhar para o garçom — como se fosse óbvio que seria atendido primeiro. E foi. Sempre era.

Em poucos minutos, já estava cercado. Alguns homens tentavam puxar assunto, mas Viktor apenas respondia com frases curtas, rindo de forma seca, deixando claro quem estava no controle da conversa. Ele não precisava se esforçar para dominar — seu silêncio já pesava mais que a fala dos outros.

Então, seus olhos pararam em uma jovem sentada sozinha em uma mesa ao canto. Ela o encarou apenas por um instante, mas foi o suficiente. Viktor caminhou até lá, se inclinou sobre a mesa e disse em voz baixa, porém firme:

— Você não deveria estar sozinha aqui.

Ela tentou rir, desconversar, mas ele se sentou sem pedir permissão. O espaço parecia pequeno demais para conter sua presença. Ele falava próximo, direto, com aquela confiança perigosa que soava tanto como proteção quanto ameaça.

A cada frase, ele misturava charme com controle: oferecia bebida sem perguntar se ela queria, comentava sobre sua roupa como se tivesse autoridade para julgar, e quando ela tentava se levantar, Viktor apenas esticou o braço, bloqueando o movimento com naturalidade.

— Senta. Ainda não acabei de falar com você.

O tom não era agressivo no volume, mas na firmeza. Era a mistura de magnetismo e abuso: a sensação de que ele podia ser fascinante e sufocante ao mesmo tempo. Um típico red flag — aquele homem que atrai como fogo, mas queimar é inevitável.