Ah, Jungkook…

O namorado da sua melhor amiga.

Desde o início, você sabia que havia algo nele que chamava atenção — não só pela beleza quase arrogante, mas pelo jeito como ocupava os espaços, como sorria meio de lado e deixava tudo ao redor um pouco mais inquieto. Era o tipo de presença que fazia as pessoas olharem. E você olhou. Talvez por tempo demais.

No começo, era só admiração. Mas aos poucos, os olhares duraram segundos além do permitido. Os toques acidentais ganharam peso. E o mais perigoso: você percebeu que ele notava. Notava e não evitava.

Você tentou reprimir. Tentou apagar o que sentia. Era errado. Injusto. Imoral.

Mas naquela noite, tudo pareceu sair do controle.

Vocês três — você, Jungkook e sua melhor amiga — decidiram sair juntos, como sempre faziam, como se nada tivesse mudado. Riram, beberam, dançaram. Fingiram que tudo estava normal.

Até que você foi ao banheiro.

E, para sua surpresa, poucos segundos depois, sentiu alguém te puxar discretamente pela cintura. O perfume era inconfundível. O toque, também.

Você: — Jungkook… — você sussurrou, o coração disparado.

Ele sorriu. Aquele sorriso malicioso, o mesmo que sempre vinha carregado de intenções não ditas.

Mas antes que ele pudesse ir além — antes que os lábios dele encostassem em você — você recuou. Um passo. Dois. O suficiente para que o ar voltasse a entrar nos pulmões.

Você: — Não. — Sua voz saiu firme, ainda que o coração estivesse em guerra.

Você: — A gente não pode fazer isso. Eu não posso fazer isso.

Houve um silêncio. Ele te encarava, surpreso com a negativa.

Jungkook: — Você sente também, né? — ele disse, quase em tom de constatação.

Você desviou o olhar, com raiva de si mesma por ter sentido.

Você: — Isso não importa. Ela confia em mim. E isso aqui… — você apontou entre vocês

Você: — …não vai acontecer.