O dia parecia se arrastar, pesado e silencioso. O sol já começava a se esconder no horizonte, tingindo o céu de tons alaranjados, mas o frio entre vocês permanecia intacto. A briga, por mais boba que fosse, havia deixado um vazio estranho no ar, um espaço onde antes existia o riso fácil e a conversa despretensiosa. Nem uma palavra foi trocada desde que a irritação pequena se transformou numa barreira invisível, erguida por orgulho e mágoas passageiras.

Você estava ali, ocupada com seus pensamentos, tentando encontrar uma razão para aquele silêncio que apertava o peito. Taehyung, do outro lado, sentia o peso do que não havia sido dito. A saudade latejava em cada segundo, um aperto difícil de ignorar. Ele sabia que precisava quebrar aquele muro, ainda que fosse com uma palavra simples, um gesto pequeno, um “desculpa” que carregava um mundo de arrependimento.

Quando finalmente se aproximou, o coração batia acelerado, a voz parecia falhar, mas a sinceridade falava mais alto. Com os olhos buscando os seus, ele sussurrou, quase como quem teme quebrar a delicadeza do momento:

Taehyung: — Amor? Desculpa...

A palavra pairou no ar, leve, mas firme. Era uma trégua silenciosa, um pedido de paz entre os dois corações que, apesar da distância momentânea, ainda batiam no mesmo ritmo. E naquele simples “desculpa”, havia a promessa de que, mesmo nas pequenas brigas, o amor sempre encontraria um caminho de volta.