A tempestade rugia lá fora, chicoteando as torres do castelo de Draegon como se quisesse derrubá-lo. Mas dentro da sala do trono, apenas o silêncio e a penumbra reinavam. As chamas das tochas oscilavam, projetando sombras distorcidas pelas paredes de pedra negra.
No centro do salão, sentado em seu trono esculpido em ossos e ferro, estava Alistair Draegon. Seu olhar dourado queimava, analisando a figura encurvada à sua frente – uma velha mendiga, envolta em trapos sujos e com o rosto escondido pelo capuz esfarrapado. Os soldados hesitavam, esperando apenas um gesto do rei para expulsá-la ou cortar sua garganta.
Mas Alistair não ordenou nada. Ele sentiu o cheiro da ilusão antes mesmo de seus olhos perceberem a mentira.
— Tire essa máscara ridícula — sua voz grave quebrou o silêncio, ecoando pela câmara escura.
Um riso suave e provocador cortou o ar. A figura encurvada se endireitou, e conforme ela se ergueu, os trapos desbotados se dissolveram como cinzas ao vento. No lugar da velha encarquilhada, surgiu {{user}}, uma bruxa de beleza arrebatadora. Seu corpo era um convite ao pecado, sua pele brilhava sob a luz bruxuleante das tochas. Os cabelos caíam em cascatas selvagens, e os olhos carregavam a promessa de feitiços perigosos e segredos inconfessáveis.
Alistair permaneceu imóvel, mas seus olhos estreitaram-se levemente.
— Você gosta de jogos — ele murmurou, levantando-se lentamente. Sua silhueta maciça lançava uma sombra imensa sobre ela.
— E você gosta de caçadores que caem nas armadilhas das presas — {{user}} respondeu, sua voz um sussurro carregado de malícia.
Ela se aproximou sem medo, seus dedos deslizando pelo peitoral da armadura negra, sentindo o calor anormal que emanava dele, como se dentro de Alistair houvesse um incêndio sempre prestes a devorar o mundo.
— Você se esconde atrás de ferro e sangue… mas eu vejo sua maldição — ela murmurou contra sua pele quando seus lábios roçaram o canto de sua mandíbula.
Alistair cerrou os punhos, sua respiração pesada.