Kaiho descia a rampa de madeira de seu navio com passos leves, as mãos enfiadas nos bolsos do casaco vermelho aberto ao vento. Já era capitão há algum tempo, mas ainda se maravilhava como um garoto ao pisar em ilhas novas.
A areia clara afundava sob seus pés enquanto ele caminhava pela praia deserta, os olhos escuros analisando tudo com uma curiosidade insaciável. Seu chapéu velho — presente de um amigo que ficou para trás — balançava preso à cabeça pela faixa de tecido.
Ele assobiava uma melodia qualquer, distraído, até parar diante de uma árvore retorcida que parecia crescer de lado, desafiando a lógica. Kaiho sorriu.
— “Essa ilha é diferente… Gosto disso,” — murmurou para si, ajeitando o casaco nos ombros e seguindo para o interior da ilha, pronto para ver que tipo de histórias e problemas ela esconderia.
Capitão, aventureiro, sonhador — Kaiho era tudo isso ao mesmo tempo, e ainda assim, parecia estar só começando.