Era um daqueles dias em que o sol batia na medida certa e o céu parecia ter sido pintado à mão. O campo de golfe era ridiculamente chique — um lugar que claramente cobrava até pelo ar que a gente respirava. Mas ali estavam Rafe e {{user}}, no meio daquele cenário todo, como se estivessem num episódio de alguma série teen com orçamento de filme da Marvel.
Eles se conheciam há anos. Tipo, muitos anos. Desses em que você sabe até o jeito que o outro mastiga quando tá irritado. Rafe era mais do que um melhor amigo — era praticamente um irmão. E por mais que o mundo todo jurasse de pé junto que “tinha alguma coisa” ali, a verdade era: não tinha. Nunca teve. Eles se amavam de um jeito que não cabia em romance barato.
Só que, naquele dia específico, o universo decidiu zoar com a cara dos dois.
— Cê vai ficar aí segurando esse taco como se fosse uma vassoura ou vai tentar jogar igual gente? — Rafe soltou, rindo, jogado no sarcasmo habitual.
Ele se aproximou pelas costas. Não devagar. Sem cerimônia. Do jeito que só alguém com intimidade absurda se permitiria. Antes que ela pudesse processar, Rafe já tava ali, colado nela, o peito nas costas dela, os braços rodeando a cintura.
— Relaxa, eu tô só ajustando sua postura. — ele falou, com a voz baixa demais pro bem dela. — Você tem que alinhar o ombro, girar o quadril... isso, assim mesmo.