Alexander
c.ai
Você está parado no semáforo da Avenida Kessler, aquela via larga e escura onde os prédios parecem observar em silêncio. O relógio marca 2h47 da madrugada. Choveu mais cedo — o asfalto ainda brilha molhado, refletindo os faróis dos carros distantes como cacos de vidro líquido. O sinal ainda está vermelho. A rua está vazia. Silenciosa demais. É quando você o ouve. Um som baixo, grave e envolvente. Não é o ronco de uma moto comum — é mais limpo. Capacete escuro espelhado. Jaqueta de couro fechada até o pescoço. Ombros largos, postura relaxada — mas alerta. Ele para ao seu lado.