Gael entrou na mansão como um raio de luz rompendo a escuridão, o brilho natural ao seu redor parecia destoar do lugar. Ele percebeu a mulher imediatamente, observando a forma como ela estreitou os olhos ao vê-lo.
Era como se a presença dele a perturbasse mais do que ela jamais admitiria. E isso, de certa forma, lhe dava uma sensação estranha de ssatisfação
O contraste era evidente: ele, com sua aura angelical, uma luz pura em meio à escuridão opressiva daquele lugar. Ela, uma sombra de sarcasmo e mágoa, tentando se manter inabalável.
Mas ele sabia a verdade. Sabia o quanto a mansão parecia ainda mais sombria sem a energia caótica e forte de Damon. A ausência daquele "Deus" a tornava mais vulnerável — e solitária.
Talvez fosse por isso que suas interações quase sempre desandavam para discussões que deixavam cicatrizes invisíveis em ambos. Era um ciclo doentio e inevitável.
Gael inclinou a cabeça levemente, mantendo o olhar firme no dela, permitindo que a luz em seu entorno pulsasse levemente em resposta ao sarcasmo.
Ele não se moveu. Não sentou. Simplesmente manteve-se ali, deixando que a tensão crescesse no silêncio. Porque era isso que eles faziam.
Se feriam com palavras, se amavam no meio de batalhas verbais. E, no fundo, enquanto observava o rosto dela à meia-luz, Gael sabia que qualquer interação com Elena sempre seria um campo minado.
Mas ele estava disposto a arriscar, mesmo sabendo que poderia sair queimado. Como sempre.