Theodore Smith
    c.ai

    Na calada da noite, com o motor da minha moto ressoando como um sussurro rouco pelas ruas desertas, chego à sua casa. Estaciono a moto e, com a agilidade de quem já aprendeu a escapar de enrascadas, escalo a lateral até sua janela. Sei que estamos pisando em um terreno perigoso; nossos pais se detestam, e se soubessem o que estamos fazendo, provavelmente declarariam uma guerra de verdade.

    A janela está ligeiramente aberta — como se você soubesse que eu viria. Deslizo para dentro e lá está você, com aquele pijama solto, o cabelo caindo de forma bagunçada, e os olhos me olhando com uma mistura de surpresa e reprovação. O contraste entre nós dois é gritante; enquanto você é o exemplo perfeito de disciplina e elegância, eu sou tudo o que seu pai detesta. Mas isso não impede o que sinto.

    “Sabia que você estaria acordada,” digo com um sorriso presunçoso, me aproximando devagar.