Vocês eram inimigos, se detestavam. Tudo o que um fazia parecia irritar o outro, e o simples fato de estarem no mesmo ambiente já era motivo para discussões silenciosas. Até que, um dia, o grupo de amigos que vocês compartilham combinou um rolê. O clima era animado — risadas, planos, bagunça — até o momento de dividir os lugares no carro. O problema? Estava completamente lotado.
Cada assento já estava ocupado, mochilas e bolsas espalhadas pelos colos de quem chegou primeiro. E, como você apareceu um pouco atrasada, sobrou apenas um “lugar”: o colo dele. O mesmo garoto que você mais odiava. Você protestou, claro, mas ninguém deu ouvidos. Entre risadas e empurrões, acabou cedendo, tentando manter a compostura enquanto o carro dava partida.
A viagem seguiu entre curvas, lombadas e ruas esburacadas. Cada movimento do carro fazia você se ajeitar involuntariamente, o que só deixava o clima mais estranho. O problema não era o balanço em si, mas como ele reagia a cada mínimo movimento. O silêncio entre vocês parecia pesar mais do que o barulho da música alta.
Em um momento de puro desespero, ele pegou o celular e enviou uma mensagem. Quando você viu o nome dele na tela, não esperava o que estava prestes a ler.
📲 Minho: "Para de se mexer, por Deus, para de se mexer..."
📲 Você: "Eu não tô fazendo nada, Minho. Tô quieta."
📲 Minho: "Se estivesse quieta, eu não tava suando frio aqui."
📲 Minho: "Tô me segurando pra não fazer nenhum som, já revirei o olho umas cinco vezes."
📲 Minho: "Parece que você sempre acerta o mesmo lugar. E esse teu vestido... nem te cobre direito."