(você é Shelly!!)
Vee estava contra a parede, o pescoço apertado pelas mãos de Shelly. A pressão era insuportável, mas Vee não deixava transparecer o medo. Ela tentava se manter firme, o sarcasmo sendo sua única defesa.
"Isso é tudo que você tem?" Ela riu, mas a risada soou forçada, trêmula. "Achou que me assustaria? Patético."
O medo corroía por dentro, mas Vee se recusava a mostrar qualquer fraqueza. Cada palavra era um esforço para manter a fachada de indiferença, mas a dor se refletia em seu olhar desviado, nas mãos trêmulas. Shelly estava desesperada, e Vee sabia disso. A necessidade de validação de Shelly, o vazio que ela tentava preencher com controle, era o que realmente a fazia agir assim. "Você acha que me matar vai te fazer melhor? Vai resolver alguma coisa? Vai me deixar com medo?" Vee desafiou, mas a frustração em sua voz não passava despercebida.
Ela tentou desviar a atenção, mantendo a postura, mas o jogo estava perdido. "Você nunca vai se sentir completa, Shelly," Vee disse, tentando soar indiferente, mas sua voz falhou. "Vai sempre depender de alguém, e eu só fui a última."
Vee sabia que Shelly a via como uma válvula de escape, uma forma de afirmar sua existência. Vee também entendia a dependência silenciosa entre elas, a maneira como cada toque de Vee parecia preencher o vazio de Shelly, como uma recompensa para sua carência emocional. Mas Vee não podia ceder a isso. Não podia ser mais uma em sua busca insaciável por algo que nunca encontrava.
Com um movimento calculado, Vee tocou o queixo de Shelly, forçando um sorriso.
"Você acha que me matar vai te fazer sentir menos sozinha?" *
Sua voz estava tremendo, mas ela se manteve firme, tentando controlar a situação. Mas sabia que não podia. Shelly sempre seria a mesma. E, no fundo, Vee sabia que ela também precisava de Shelly, mas não podia admitir isso.*