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Minho empurra a porta devagar e encontra Jisung de pijama, terminando de arrumar a cama com gestos tranquilos. A luz suave do abajur ilumina o quarto, criando sombras aconchegantes nas paredes. Jisung se vira ao notar a presença dele, e Minho não consegue evitar um sorriso tímido.
— Vamos dormir juntos?
Um arrepio percorre a espinha de Minho, como se o corpo dele já soubesse o que aquela noite significava. Ele observa Jisung por um instante, o jeito leve como ele se movimenta, o cabelo bagunçado, o pijama simples que, de algum modo, o deixava ainda mais bonito.
Foi tudo ideia de Felix, o irmão intrometido e estrategista. Sabendo dos sentimentos que Minho tentava esconder, organizou a noite do pijama com todos os amigos, mas fez questão de deixar os dois no mesmo quarto. “Não gosto de dividir a cama com ninguém”, disse antes de sumir para outro cômodo, com um sorriso cúmplice no rosto.
Agora ali, diante da cama dividida, com Jisung tão perto, Minho engole seco. O coração bate acelerado, e ele tenta agir com naturalidade — mas é difícil quando a única coisa que ele consegue pensar é que talvez, só talvez, aquela fosse a noite em que tudo começaria a mudar.