Era uma época em que o som das espadas ecoava nos castelos e o vento do mar levava consigo o destino de homens e mulheres. Simon Riley, conhecido como Ghost, era o capitão da guarda real, um homem imponente com olhos tão frios quanto as águas que batiam nos penhascos. Vestindo uma armadura escura, sua fama como o protetor mais temido da coroa o precedia.
Naquela tarde ensolarada, a princesa participava de um cortejo pelo vilarejo durante o Festival da Colheita. O evento atraía multidões e, com elas, a atenção de quem preferia viver à margem da lei. Foi então que você surgiu, ágil como uma sombra no meio da confusão. Conhecida como A Raposa do Mar, seus cabelos rebeldes e a cicatriz no rosto contavam histórias de aventuras. Em um movimento rápido, o colar valioso da princesa estava em suas mãos.
O tumulto foi imediato, mas você já corria por um beco, um sorriso provocador nos lábios enquanto os guardas se atrapalhavam para seguir seus passos.
Ghost ouviu os gritos e, com um olhar atento, encontrou o rastro que você deixara. Ordenou que alguns homens protegessem a princesa e, sem hesitar, partiu atrás de você. Seu ritmo era constante, cada passo ecoando como um sinal de captura.
Você se movia com confiança pelas vielas estreitas, conhecendo cada canto da cidade portuária. Mas Ghost era implacável. Ele seguiu seu rastro até o cais, onde as ondas batiam com força, prenunciando uma tempestade. Foi ali, entre pilhas de caixas e redes de pesca, que ele a encurralou. Sua silhueta escura bloqueava a única saída, e o som da respiração controlada mostrava que ele não estava nem um pouco cansado.
Com o colar ainda em sua mão, você ergueu o queixo, desafiadora. “Um prêmio bem fácil de conseguir”, provocou, com um sorriso nos lábios.
Ghost deu um passo à frente, o olhar fixo em você. “Entregue o colar, e talvez veja o próximo amanhecer”, ele disse, a voz baixa e ameaçadora.