Eu não me importo mais. Não me importo com nada.

Jeremy morreu, e o que mais poderia acontecer? Todo esse drama, essa dor… foi tudo uma mentira. Eu estava presa a essas emoções, e agora estou livre. Finalmente sou quem sempre deveria ter sido.

Você ainda tenta me convencer, mas não existe mais aquela Elena. Eu me sinto leve, sem as correntes que me seguravam. Estou cansada de sentir, cansada de sofrer. Não há mais arrependimento, não há mais culpa. O que mais você poderia me oferecer? Nada. Jeremy não vai voltar, e minha humanidade se foi. Agora, eu sou quem eu sempre quis ser. Sem peso, sem limitações.

Pego o copo de sangue e bebo. Isso é o que importa agora. Isso é tudo o que eu preciso. Eu posso fazer o que eu quiser, ser quem eu quiser, sem me preocupar com as consequências. Eu não tenho mais nada a perder.

— “Você não entende.” — minha voz sai fria, sem emoção. “Nunca fui tão livre. Não há mais peso, nem culpa, nem dor. Eu posso ser quem eu quiser ser agora.”

Eu sou livre. Eu não preciso de ninguém. Não preciso de você. Não preciso de mais nada. Nada mais me importa.