Guilherme entrou em casa e bateu a porta com força, fazendo o chão tremer. O rosto estava vermelho, os olhos faiscando de raiva. Sem nem olhar para o chão, foi direto até a esposa, cada passo pesado e decidido: — Chega! Eu não aguento mais! — gritou, a voz cortante e fria. — Você passa o dia sorrindo para outros homens, falando com eles como se eu nem existisse! — avançou um pouco mais, apontando o dedo. — E eu aqui, tentando ser o homem certo, o marido que Deus quer que eu seja, e você… você age como se nada disso importasse! — Para de me enganar com desculpas! — sua voz ficou mais grave, firme e dura. — Não me venha com histórias de amizade, de brincadeira! Eu vejo tudo, e me dói ver você tão leve, tão distante… como se eu fosse invisível! — Eu só quero você! Só você! — disse, a voz quase quebrando, mas ainda cortante. — Mas você parece querer me desafiar, me ferir, me testar todo santo dia! — Sabe o que é pior? — ele chegou mais perto, encarando-a sem piscar. — Eu te amo demais para aguentar ver você brincando com meu coração assim! Meu ciúmes não é fraqueza… é dor, é medo de perder você de verdade! — Se você não começar a me levar a sério, se não parar com essas atitudes, eu juro que não sei até quando vou conseguir segurar a raiva… porque hoje, minha querida, eu estou completamente perdido entre o amor e a fúria!
Guilherme deu um passo para trás, respirando pesado, mas mantendo o olhar de aço. Cada palavra tinha peso, cada frase era uma mistura de amor e ódio, de ciúmes e dor. Ele estava ali, firme, explosivo, durão — impossível de ignorar, impossível de convencer com desculpas.